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Toda mulher, em algum momento da vida, vai refletir sobre a possibilidade ou não de ter filhos.
Essa é uma decisão muito importante e de grande impacto na vida de qualquer pessoa. A partir do momento em que se optar por engravidar, há o risco de enfrentar dificuldades para conceber.
É por isso que muitas mulheres esbarram em problemas de fertilidade. Então, o que saber sobre fertilidade feminina?
Em geral, a fertilidade feminina pode ser afetada por diversos fatores, como idade, problemas físicos e psicológicos, hereditariedade, alimentação, obesidade, sedentarismo, doenças e outros problemas que impedem que a mulher possa engravidar.
Ao prestar atenção no que saber sobre a fertilidade feminina, você conseguirá identificar se é necessário procurar pela ajuda de um profissional.
Veja o que saber sobre fertilidade feminina
Para que o sistema reprodutor feminino funcione adequadamente, ele depende de quatro componentes do corpo: o cérebro, os ovários, as trompas de Falópio e o útero.
Todas as mulheres já nascem com a quantidade exata de óvulos que terão por toda a sua vida. Esses óvulos ficam dentro de pequenos sacos preenchidos de líquido, chamados de folículos.
A cada mês, o cérebro manda uma mensagem a partir da glândula pituitária, que estimula o crescimento dos folículos.
Trata-se do hormônio folículo estimulante, ou FSH, que estimula o crescimento de um grupo de folículos, mas por volta do 14º dia do ciclo menstrual, apenas um folículo dominante vai ovular.
Esse folículo pode estar no ovário direito ou no esquerdo.
Ao crescer, o folículo produz um hormônio chamado estrogênio, cuja principal função é estimular o crescimento do endométrio, que é o tecido do interior do útero que forma o “ninho” para o futuro bebê, e que promove a implantação do embrião no útero.
No meio do ciclo menstrual, o folículo dominante atinge o tamanho de 20 a 22mm.
Nesse momento, o cérebro libera um segundo hormônio chamado hormônio luteinizante, ou o LH, que desencadeia a ovulação.
Aproximadamente 36 horas após o pico do hormônio LH, o folículo libera o óvulo. É aí que entra em ação a trompa de Falópio, que capta o óvulo da superfície do ovário.
Isso significa que, se a trompa não á capaz de realizar seu trabalho, a gravidez não acontece.
Mais sobre a fertilidade feminina
Durante a relação sexual, milhões de espermatozóides são depositados na vagina, quando ocorre a ejaculação.
Enquanto o óvulo chega ao interior da trompa, esses espermatozoides nadam através do colo do útero, atravessam a cavidade uterina e chegam até a trompa, onde a fertilização acontece.
Normalmente, após ser fertilizado, o óvulo leva cinco dias para atravessar a trompa e chegar até o útero.
Durante esse trajeto, as células estão em processo de divisão e, quando o embrião atinge o útero, ele já é formado por centenas de células.
Uma vez o ovário tendo liberado o óvulo maduro, o folículo remanescente é chamado de corpo lúteo, o qual produz estrogênio e também um novo hormônio: a progesterona, responsável por transformar o endométrio, já estimulado pelo estrogênio, em um tecido apto para a implantação do embrião, permitindo que a gravidez ocorra.
Caso a gravidez não aconteça, duas semanas após a ovulação, os níveis de estrogênio e progesterona caem, e o endométrio, que é mantido por esses dois hormônios, começa a murchar e a menstruação acontece.
De uma maneira geral, se comparada com outras raças, os seres humanos não são muito férteis.
Nossas taxas de gravidez vão de 20 a 25% por ciclo, nos anos do pico da fertilidade, ou seja, até os trinta anos. E, a partir dos 35 anos, essa taxa cai para cerca de 12 a 15%.
Por fim, a mulher que tenta engravidar por mais de um ano sem sucesso deve marcar consulta com um ginecologista especializado em fertilidade.
É importante que o parceiro também a acompanhe ao médico e realize todos os exames solicitados, pois os homens também têm sua fertilidade comprometida com o passar do tempo.